domingo, 17 de fevereiro de 2008

É bom se acostumar...

Vocês se lembram de quando quase tudo cabia num disquete?

Hoje em dia o drive A pode escangalhar, que pouca gente vai dar conta.

Em tempos de iPods, pen-drives e memory cards, realmente o velho disquetezinho perdeu a utilidade.

Afinal, uma mísera faixa de mp3 de uns três minutos, ripada numa qualidade mediana, ocupará pelo menos uns três megabytes; dois e meio, se muito. Um CD normal nunca terá menos de 50 Mb. Quem baixa música direto está cansado de ver álbuns com 70, 100 ou até 200 megabytes. Um filme bate fácil a casa do giga.

Para quem não se liga muito no assunto, um disquete tem a enorme capacidade de 1,4 megabyte. Ou seja, para fazer caber aquela mísera faixa de três minutos, teríamos de condensá-la, dividi-la e gravá-la em dois disquetes. Uma total burrice.

Mas este não é um blog sobre português? Então por que na Terra estamos falando de informática?

Porque a tendência, em pouquíssimo tempo, é que 'megas' e 'gigas' se tornem tão obsoletos como hoje é para nós o quilobyte. Não dou dois anos para aparecer aí um pen-drive de mil gigas.

Mil gigas? Peraí, existe um termo próprio para traduzir isso. E se chama tera.

Já são bastante comuns supercomputadores com terabytes (Tb) de memória. E acima disso, vocês sabem os termos?

Eles estão aí há milênios, tanto para cima, quanto para baixo — quem aí nunca ouviu falar de nanotecnologia? —, mas a informática tem popularizado essas palavrinhas, derivadas do grego.

Então, vamos à aulinha:

Quilo (K) - mil.
Mega (M) - um milhão.
Giga (G) - um bilhão.
Tera (T) - um trilhão.
Peta (P) - um quatrilhão.
Exa (E) - um quintilhão. Atenção! Não confunda exa com hexa. O último equivale a seis vezes (hexacampeão). Até a pronúncia é diferente: eza/ecsa.
Zeta (Z) - um sextilhão.
Yotta (Y) - um septilhão. Não confundir yotta com iota, a letra grega de onde derivou o nosso J. Essa brincadeira tem 24 zeros.

É muito zero! Acima disso, temos o xona (X), o weka (W) e o vunda (V). É até engraçado: vundabyte não se parece com wunderbar (maravilhoso em alemão)?

Mas acho que estamos muito longe dos vundabytes. Encontrei via Google um sujeito dizendo que todas as palavras já pronunciadas em todas as línguas desde que o mundo é mundo ocupariam apenas 5 exabytes. Do uga-uga ao wunderbar, contando, é claro, com a nossa exclusiva saudade.

Nenhum comentário: