Mais uma afta da língua.
Todo mundo erra todo.
Concordo que é uma praga espinhosa.
A grande questão está nos termos todo país e todo o país. Existe alguma diferença? Não é a mesma coisa?
Não, não é.
Quando a gente escreve todo país, a palavra todo assume o significado de qualquer.
Na outra expressão, todo o país, estamos nos referindo ao país inteiro.
Mas todo mundo erra. É comum a gente encontrar algo do tipo Todos alunos ficaram para a prova final. Neste caso, a gente precisa escrever Todos os alunos... No plural, isso não funciona. Está errado.
O problema aparece em frases como essa: Toda turma ficou de recuperação. E agora, José? O que o mané quis dizer? Da maneira como está, a gente tem de adivinhar. É a turma inteira ou é qualquer turma? Ou, ainda, todas as turmas?
Entra em ação o efeito-caneca. Não lembra o que usar? Troque. Use inteira, se for o caso, ou qualquer. Para eliminar as dúvidas, ponha todos sempre depois da palavra: os alunos todos, o colégio todo, o baile todo...
Com todos no seu devido lugar, todo mundo deixa de errar.
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