No ano passado pipocaram matérias nos jornais sobre a reforma ortográfica. O projeto, que não é de hoje, estaria para entrar em vigor em breve, o que causaria uma pequena revolução nas escolas, redações e sobretudo editoras.
Num post abaixo, falei de uma lógica da acentuação das palavras. Em tese, a reforma segue no rumo de aprumar essa lógica. A maioria das mudanças diz respeito à eliminação de acentos.
Como se chama o lugar onde as abelhas moram? Tem acento? Pois a reforma quer tirar. Escreveríamos colmeia, assim como assembleia e heroico. Uma paranoia?
Especialistas da língua criticam a proposta. Apóiam uma reforma, mas não esta, que, segundo eles, mexe pouco e mal. A Veja, ano passado, deu capa sobre o tema. Entre os argumentos a favor, está a unificação editorial nos países que falam e escrevem português. Um livro do nosso Saramago fatalmente tem uma versão portuguesa e outra brasileira, embora lê-lo sem retoques seja um dos encantamentos que ele nos reserva.
Enquanto não se chega a um consenso, muita gente pergunta: tá, mas na prática o que muda? Por enquanto, nada. Os acentos valem, o trema vale.
Aliás, acho um pecado acabarem com o trema. Mas isso é assunto para mais de um post.
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Um comentário:
Olá Eduardo,
Então a palavra colméia ainda tem acento? É que estou fazendo um livro que pede que sejam respeitadas as novas normas ortográficas. Qual o seu conselho?
Obrigada.
Um abraço,
Maria
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