sábado, 23 de março de 2013

A árvore da Pompeu Loureiro

Uma frondosa e centenária árvore em Copacabana, de nome engraçado, chamou a atenção da cidade inteira. A prefeitura cismou que a pobre-coitada estava doente e queria derrubá-la.

Os moradores, cientes da história da árvore e desconfiados da pressa da prefeitura, impediram o tombamento. Engajaram campanha e amanhã farão caminhada na praia pela vítima.

Mas qual é o nome da árvore?

Todo mundo escreve assacu, mas — oh! — o certo é açacu. Inclusive o texto da placa no tronco da dita cuja está grafado errado.

Eu estava desconfiado desde que o imbróglio começou. A razão pela qual escrevemos açacu e não assacu é a mesma por que o certo é muçarela e não mussarela. Recordem aqui.

Ocorre que os tupis a batizaram primeiro, e manda o bom Português que tudo do tupi com som de S vira Ç.  De fato, você conta centenas de exemplos, todos com Ç. Por que açacu seria diferente?

Então, estamos combinados: vamos lutar para salvar o açacu da Pompeu Loureiro.


Um comentário:

Anônimo disse...

Na verdade, eu achei este blog enquanto "fuçava" coisas novas acerca do nosso idioma. O autor é, definitivamente, um às quanto à língua portuguesa mas, uma coisa me intriga: "Aftas e delícias da nossa língua. Um blog que ensinará a não mordê-la nem queimá-la." Não mordê-la, seria, ao meu ver, um equívoco, na acepção formal do idioma, já que o "não" atrairia o pronome, num típico caso de próclise. É o caso do "fi-lo porque qui-lo". Enfim, espero que EU esteja errado neste meu comentário, afinal de contas, seria mais alguma coisa a aprender.
Abraços.